Parado, de certa forma, no desenrolar da acção, o filme ganha, tal como Uzak, pela simplicidade e minimalismo dos diálogos, racionados de forma a acentuar as emoções e a contrapor-se aos muitos silêncios, representantes, no fundo, da ausência de comunicação entre o casal.
Uma ausência que testemunha também a incapacidade de Isa sair do seu próprio labirinto de individualismo e solidão - tão mais fácil de materializar nas acções e de ser justificado pelos "climas" e pela subjectividade humana.
Destaque também para a fotografia, marca da sensibilidade artística do realizador.
P.s. Talvez no fundo, também aqui exista um pouco desta passagem de Natália Correia: «não enjeito o fracasso. Ele é puramente romântico».
1 comment:
Bela sugestão, amiga! :)
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