Wednesday, June 13, 2007

Podia ter sido melhor, mas...



Tendo em conta o rótulo de prémio de Melhor Filme com que vinha apresentado, Lady Chatterley pecou por ser demasiado longo (quase 3 horas), não obstante o esforço por ser fiel à obra literária de D.H. Lawrence,e pela má realização, patente nessa opção prolongada e não só - planos desfocados e cortes abruptos entre algumas cenas.

Mas, ainda assim, não deixa de ser um bom filme pela história. Sem a virtude de um argumento original consegue reproduzir bem a essência do desenvolvimento da relação amorosa entre Lady Chatterley e o couteiro, Parkin. A química entre os actores, a intensidade sexual das cenas físicas (sem ser hardcore) e a intensidade psicológica do relacionamento que vai aumentando com a intimidade entre o casal e a descoberta individual e a dois, contribuiram para isso.

A ver mas com uma boa dose de paciência, tempo para estar e repor o sono no dia seguinte e em estado saudável- três horas com o efeito do comprimido a fazer suar também não é muito agradável.
P.s. Acho que depois de ver este filme percebi o que uma colega minha queria dizer quando dizia: «quero um pedreiro que lê» ;)

3 comments:

nuska said...

Para evitar equívocos, um pedreiro que lê» não é intelectual bruto na cama. É antes um homem instruído mas prático, sem macaquinhos pseudo-intelectuais na cabeça nem complexos de Édipo por resolver - foi neste contexto que a minha colega "inventou" a expressão.

Rui Tomás said...

A culpa foi minha. Pensei que a minha prima estivesse a falar de um tipo suado, com a camisa de alças suja e usando a mesma cueca de há 3 dias e que depois da prática do amor se sentava na cozinha a ler o correio da manhã e o record. Desculpem.

nuska said...

Já ouvi dizer, mas claro não há provas, que os pedreiros também tomam banho.
De qualquer forma eu rectifico:«um pedreiro que lê e toma banho» :)