Obsessivo é o adjectivo que posso utilizar para definir aquilo em que o facebook se tornou para mim nestes últimos tempos: algo obsessivo.
Se bem que talvez seja mais justo dizer que eu é que fiquei obcecada pelas actualizações sucessivas e inúteis que faço, ou que vejo fazer, regularmente na página dessa rede social, pelos múltiplos quizs - mas estes são giros - e agora,mais recentemente, pela Farmville. É verdade! Esta quinta virtual é altamente viciante, de tal modo que vou lá várias vezes por dia para ver se os morangos já cresceram ou se os meus vizinhos me ofereceram prendas. E também numa de perceber se o teu 'quintal' é maior que o meu.
Posso dizer que me 'vendi', ou melhor 'rendi' a todo um mundo virtual que é facebook.
Mas, por outro lado, com a minha adesão recente também confirmei aquilo que já pensava do facebook, enquanto rede de 'amizades'. É engraçado esta palavra aplicada a este sítio porque, em muitos casos, damos por nós a dividirmos essa imensa rede de relações interpessoais em pequenos grupos. É curioso ver que entre os diversos amigos do facebook há uns que nos seguem ou comentam - e que comentamos nós também - mais do que outros. Tornamo-nos, assim, numa espécie de grupo mais ou menos restrito mas público, que se inter-relaciona mais regularmente. Depois apercebemo-nos que os outros amigos também acabam por fazê-lo com outros amigos, criando outro círculo mais restrito e regular. Em suma o que o facebook acaba por fazer não é alargar o grupo de amizades ou conhecimentos,como inicialmente se propõe. Pelo menos não o faz assim em tão maior dimensão que os contactos palpáveis do mundo real. É claro que há por vezes os comentários de, digamos, uma espécie de amigos em 3º grau. Mas isso também acontece em muitos blogues.
Basicamente as pessoas com quem mais falamos e estamos são também aquelas que mais comunicam connosco no facebook. Depois temos as afinidades dos posts e afins. Depois há aquelas pessoas que já não contactávamos há muito tempo e de quem até queremos saber novidades, mas com quem apenas falamos uma vez. Depois há os que são só colegas mas é bom manter o contacto. Depois existem os contactos dos amigos dos amigos, alguns dos quais nunca vimos mais gordos, assim como pessoas que trabalhavam no mesmo edifício que nós e que mal nos diziam bom dia, mas que agora pedem para ser amigos, vá-se lá perceber porquê. Finalmente há um objectivo se calhar mais residual (ou não)que, na minha opinião, é o que o facebook tem de melhor para oferecer: a possibilidade de reencontrar pessoas que nos são queridas mas que o tempo e, sobretudo, a geografia afastaram.
Apesar de todas as futilidades que agora despejo no meu mural, a razão primeira que me levou a aderir ao facebook foi a necessidade de falar com um amigo meu, que muda de número cada vez que muda de país e que muda de país como quem muda de camisa. Ele está bem.
Wednesday, August 12, 2009
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