Dizem que a crise vem aí. Abriguem-se!!! Bom, não quero falar disso para já. Até ver faço o balanço de 2008. Um dos meus melhores e piores anos de sempre.
Começou mal, com problemas de saúde entre os entes próximos. Problemas e desilusões no trabalho. Começou a recuperar lentamente. Os primeiros problemas começaram aos poucos a encaminhar-se num sentido de recuperação lenta, mas positiva. Já os segundos, ainda que continuando a chatear, passaram a ser encarados como a peneira entre o trigo e o joio e a ter o dom de remeter os seus protagonistas para a importância que merecem - pouca ou nenhuma. Do outro lado da moeda, tive o privilégio de tomar contacto com pessoas maravilhosas - a parte que mais gosto na minha profissão. Foi uma primeira etapa de crescimento.
Mas a maior chegou no dia do meu aniversário quando negociei a compra da minha casa - o meu maior desafio até agora. Ainda estou a sentir o pulso (e as despesas) e a desfrutar do entusiasmo do meu primeiro espaço só meu.
Com ela voltei à minha zona e à Lisboa que gosto e que para mim ainda faz sentido. Os que valem a pena estiveram e estão do meu lado, partilhando o entusiasmo, as jantaradas e as dormidas acabadas de estrear, em pleno fim-de-semana de Avante, por exemplo.
Redescobri também novas geografias no círculo das amizades, recuperando Paris, dessa forma, e descobrindo novos destinos, fosse no FMM de Sines ou em casa de cada a uma, às sextas-feiras.
Este ano ficou também marcado pela perda de um ente querido e próximo. Foi a primeira vez que fui a um funeral. Lembro-me de uma vez ter lido na extinta revista 20 anos que até aos 30 deveríamos já ter passado por uma série de coisas. Uma delas seria a morte de um familiar. Achei isso, na altura, um pouco macabro. Agora percebo a forma como isso nos transforma.
Este ano fiz as "pases" com Hemingway, ao ler o "Adeus às Armas", depois de ter odiado "O Velho e o Mar", como leitura obrigatória de final do ciclo, e com o Alex Turner, via Last Shadow Puppets. Vi o "Blindness"e gostei muito. Ouvi intensamente poucas bandas/artistas, mas várias vezes - dos Portishead ao Camané, passando pelos Deolinda, Kings of Leon, DCFC, Joan as Police Woman, Cat Power, Vinicio Capossela ou Maria João e Mário Laginha. E Sarah Vaughn, muito também.
Vibrei com a medalha do Nelson Évora, vibrei.
Em final de 2008, olho para as coisas boas e más e vejo que cresci mais neste ano do que em muitos outros juntos. Há coisas e pessoas que já não vão voltar, há outras que já não vale a pena que voltem, outras que continua a valer a pena manter e outras em que vale a pena continuar a investir. O resto é paisagem. Viva 2009!
Tuesday, December 30, 2008
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