A FLORESTA, de Aleksandr Ostróvsk
Na Cornucópia
Tradução Nina e Filipe Guerra
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Interpretação
António Fonseca, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Márcia Breia, João Pedro Vaz, José Gonçalo Pais, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Rita Durão e Teresa Madruga
Lisboa: Teatro do Bairro Alto. 10/01 a 17/02/2008
3ª a sábado às 21:00. Domingo às 16:00
Uma das comédias mais importantes daquele que tem sido chamado o fundador do teatro russo. Escrita em 1871, A Floresta, traça com delicado humor o retrato de um grupo de personagens numa herdade russa do fim do século XIX, as suas relações, os seus anseios, a sua ignorância, as suas insatisfações, o seu mau viver. Tudo gira em torno da tensão entre o dinheiro e a felicidade. Os ricos não conseguem ser felizes com o seu dinheiro. Os pobres não são felizes porque o não conseguem ter. A proprietária, viúva rica e aparentemente virtuosa, vai vendendo talhões da sua floresta a um mujique enriquecido que lhe corta as árvores para aproveitar a madeira, e guarda o dinheiro para os prazeres com que sonha. Impede a alegria dos que a rodeiam, seus criados e protegidos. Dois actores ambulantes chegam um dia à herdade e vêm perturbar este equilíbrio. Esses, os artistas, têm a ilusão de poderem ser felizes sem dinheiro. Geram-se mais desencontros que encontros em divertidas situações que têm tanto de real como de teatral. Considerada habitualmente como uma "comédia de costumes", a obra tem uma qualidade poética que chega a lembrar Shakespeare na sua capacidade para pôr em cena a vida verdadeira sem nunca "moralizar", para entender os seres humanos nas suas pobres contradições.
Wednesday, February 6, 2008
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