Patti Smith
Concerto no Coliseu dos Recreios no passado Domingo, informações aqui
Wednesday, October 31, 2007
E aplica-se tão bem a Portugal
A morte do Sr. Lazarescu
"Moartea domnului Lazarescu" (2005)
Realização:
Cristi Puiu
Argumento:
Cristi Puiu & Razvan Radulescu
Actores:
Ion Fiscuteanu - Mr. Lazarescu
Luminita Gheorghiu - Mioara Avram
Gabriel Spahiu - Leo
Doru Ana - Sandu Sterian
«Um dos nomes do recente cinema romeno, Cristi Puiu estreou-se na realização com Stuff and Dough, de 2001, e apresenta em A Morte do Sr. Lazarescu a sua segunda longa-metragem, que marca o início das Seis Histórias dos Subúrbios de Bucareste, uma série de filmes que têm em comum a temática do amor.
No caso de A Morte do Sr. Lazarescu, de 2005, o realizador parte de uma abordagem do amor pelo próximo, ainda que o que amor seja algo que raramente se vislumbra no filme, o relato de uma turbulenta e tensa noite em que um idoso num estado físico cada vez mais débil – o tal Sr. Lazarescu, um homem pacato mas solitário - é transportado de hospital em hospital, sem que no entanto conte com grande ajuda quer dos médicos, quer dos familiares e conhecidos.
Cristi Puiu filma com um rigor clínico e frio esta penosa viagem, onde a vertigem da morte se intensifica pelo olhar quase documental através do qual o cineasta segue o velho doente e a enfermeira que o acompanha entre as urgências dos hospitais.
Caracterizado por um realismo por vezes sufocante, A Morte do Sr. Lazarescu dissemina uma aura de tristeza e desencanto pela forma como expõe a indiferença da maioria das personagens quanto ao destino do paciente, pois quase todas se encontram imersas nos seus próprios problemas e prioridades, negligenciando ou subestimando o estado crítico do Sr. Lazarescu.
Movendo-se entre o drama e o humor negro, o filme é um cruel e doloroso retrato dos recantos menos abonatórios da esfera humana, onde o egoísmo, a apatia e um individualismo exacerbado se revelam e disseminam.
A perspectiva que Puiu traça dos médicos e enfermeiros insiste especialmente neste pessimismo visceral, uma vez que todos (excepto a enfermeira Mioara, que acompanha obstinadamente o Sr. Lazarescu) são retratados como figuras cínicas, irresponsáveis, mesquinhas ou egocêntricas, que raramente exibem qualquer sinal de preocupação pela situação do doente.
in Cine7
Monday, October 29, 2007
Um musical para quem não gosta muito de musicais
Chansons d'Amour, de Christophe Honoré ("Em Paris"), com Louis Garrel (na foto) Ludivine Sagnier e Clotilde Hesme.
Falha nas canções, e falha logo no início, desajustadas nalguns casos das cenas e noutros dos lábios dos actores, mas lá está como não gosto muito de musicais, o que me chateia mesmo é eles terem de cantar. Na segunda parte parecem mais bem doseadas as canções, ou talvez já se tenha entrado na filosofia musical e não se estranhe tanto. Até porque é através delas que grande parte da história vai sendo contada, em letras de grande sensibilidade. Também não é um filme pretensioso. É feito a partir de uma história simples à qual existem reacções complexas, por vezes aparentemente despropositadas (como o enquadramento para o aparecimento do triângulo amoroso, à homossexualidade do protagonista, que era heterossexual, no fim). Mas até aí há margem para a abertura e consegue-se chegar a uma forma lógica de encaixar as coisas. E as canções ajudam bastante. No final, declamada, a frase: «Ama-me menos, mas por mais tempo».
Mais infos
Tuesday, October 16, 2007
Adriano, Aqui e Agora
Grande tributo a Adriano Correia de Oliveira, editado ontem, 25 anos depois da morte do cantautor português, cantor de intervenção, e revisitado aqui e agora pela nova geração de músicos nacionais.
Destaque, entre outras, para a soberba interpretação de 'Balada de Esperança', por Mazgani - grande voz.
«Mazgani, Micro Audio Waves, Valete, Nuno Prata e Ana Deus com Dead Combo são alguns dos nomes que integram o disco "Adriano, Aqui e Agora".
O álbum presta tributo a Adriano Correia de Oliveira, que faleceu há 25 anos, e conta com a participação de 14 artistas que revisitam temas como 'Trova do Vento que Passa' ou 'E Alegre Se Fez Triste'.
Este tributo tem também a particularidade de incluir a participação de Vicente Palma, filho de Jorge Palma, que assina aqui a sua primeira gravação a solo, e se junta a nomes como, além dos já referidos, Tim, Miguel Guedes (Blind Zero) e Margarida Pinto (Coldfinger).
Fica o alinhamento da compilação de tributo a Adriano Correia de Oliveira
01 Tejo Que Levas as Águas - Tim
02 Trova do Vento que Passa - Ana Deus e Dead Combo
03 Cantar Para um Pastor - Raquel Tavares
04 E Alegre Se fez Triste - Cindy Kat
05 Tu e o Meu Amor - Celina Piedade
06 O Sol Préguntou à Lua - Micro Audio Waves
07 Balada da Esperança - Shahryar Mazgani
08 Para Rosália - Vicente Palma
09 Sou Barco - Miguel Guedes
10 Charamba - Margarida Pinto
11 Fala do Homem Nascido - Nuno Prata
12 Canção do Linho - Sebastião Antunes
13 Menina dos Olhos Tristes - Valete
14 Rosa de Sangue - Pedro Laginha»
in Cotonete
Monday, October 15, 2007
Clã - Cintura
Ainda estou a ouvir e a tomar-lhe a familiaridade. A energia ao vivo está em cima como sempre e como confirmei no passado Sábado em Torres Novas, no Teatro Virgínia («vai Manela; uhuhu»). Mas até ao momento esta é a que gosto mais:
Mandarim (um cheirinho)
Mandarim (um cheirinho)
Friday, October 12, 2007
Escrevo ceninhas. Disseram-me uma vez que escrevia "ceninhas". É o que sei escrever, sobre o que sei falar, ou nem tanto, nem isso. Pelo menos por autocriação, é um quase nada. É o que me apetece. Tenho pena de não escrever "não ceninhas", a sério que tenho, mas paciência. Apetece-me um escrever sem nada dizer. Simplesmente porque sim; é livre. E aquele que escrevo normalmente, quando assim o é exigido/suposto, sufoca-me.
E tudo o que com isso se relaciona (salvo muito raras excepções) também. Tendecialmente rejeito-me nesse habitat, onde vou "andando".
Purgar, depurar. É mais fácil partir do que chegar.
E assim se faz má poesia - mesmo que seja uma verdade simples.
Adoro estações, principalmente de comboios, e a possibilidade de partir para algo novo e desconhecido, ou simplesmente algo, em cada linha. Detesto chegar de viagem - quase sempre, detesto.
Sempre adorei os comboios. E os cheiros dos comboios... Aquele cheiro das máquinas, como me diziam. Embora ele viesse da parte de baixo das janelas, juntamente com um calorsinho que nos aquecia nos dias frios. Não sei como se chama. Mas sabia bem.
Friday, October 5, 2007
Feriado
Thursday, October 4, 2007
Já começou...Festa do Cinema Francês
A ver se compenso o Indie - que por acaso vai ser reposto, numa selecção jeitosa, em Dezembro, na Sala de Conferências da Reitoria da UL.
Por enquanto:
- Anna M., de Michel Espinosa
- Avida, de Benoît Delépine e Gustave Kervern
- Gradiva, de Alain Robbe-Grillet
- Ensemble c'est tout, de Claude Berri (mas sobretudo pela Audrey Tautou)
- La vie privée, de Zina Modiano
- Le scaphandre et le papillon, de Julian Schnabel
- Nue propriété, de Joachim Lafosse
São apenas alguns que gostaria de ver. A ver vamos, então...
Por enquanto:
- Anna M., de Michel Espinosa
- Avida, de Benoît Delépine e Gustave Kervern
- Gradiva, de Alain Robbe-Grillet
- Ensemble c'est tout, de Claude Berri (mas sobretudo pela Audrey Tautou)
- La vie privée, de Zina Modiano
- Le scaphandre et le papillon, de Julian Schnabel
- Nue propriété, de Joachim Lafosse
São apenas alguns que gostaria de ver. A ver vamos, então...
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